MPs de Lula estão paradas perante crise entre Lira e Pacheco; veja quais podem ser afetadas

As 13 Medidas Provisórias (MPs) editadas pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estão paradas diante do impasse entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre o rito delas no Congresso Nacional.


Embora tenham força de lei assim que publicadas no Diário Oficial da União, as MPs precisam ser aprovadas pelos parlamentares em até 120 dias para não perderem a validade.


Entre essas MPs estão uma série de iniciativas essenciais para o governo Lula, como a que reorganiza a estrutura dos ministérios, a que retoma o voto de qualidade do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), a que extingue a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e a de programas como o Minha Casa Minha VidaBolsa Família e Mais Médicos.


Em resumo, praticamente todas as medidas de destaque do governo Lula, até aqui, foram formalizadas por meio de Medidas Provisórias, o que torna ainda mais essencial para o Palácio do Planalto que se chegue a um entendimento para evitar que elas percam validade.


O impasse entre Lira e Pacheco até aqui fez com que elas continuem sem qualquer andamento no Congresso, mesmo com mais de 80 dias de governo.


Governistas estão preocupados com a situação, porque o tempo da tramitação está correndo. Algumas MPs chegaram a 50 dias de tramitação (o limite é de 120 dias).


Nesta quinta-feira (23), o presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, aceitou um pedido de senadores e determinou a instalação das comissões mistas para analisar as 13 MPs de Lula. Caberá aos líderes partidários das duas Casas fazer as indicações de membros para os colegiados.

Os parlamentares têm se debruçado somente sobre as MPs ainda em tramitação que foram editadas por Jair Bolsonaro (PL).


Nesta semana, Pacheco despachou as Medidas Provisórias restantes de Bolsonaro para a Câmara, seguindo o rito de tramitação adotado durante a pandemia da Covid-19, em que são analisadas diretamente em plenário.


A decisão foi vista na cúpula da Câmara dos Deputados como um gesto positivo por parte do Senado, mas mesmo assim não houve um entendimento entre as duas Casas pela tramitação das MPs.

As Medidas Provisórias assinadas por Bolsonaro também chegam ao total de 13, e que agora estão na Câmara devem acabar de ser analisadas pela Casa nesta próxima semana, em uma força-tarefa convocada por Arthur Lira para votá-las até sexta que vem.


Somente após a votação pelos deputados é que elas seguirão ao Senado. As MPs de Lula, porém, seguem sem uma previsão mais exata de serem votadas.


Veja as MPs de Lula que aguardam serem analisadas no Congresso:


1. MPV 1154/2023 – Estabelece a organização básica dos órgãos da Presidência da República e dos Ministérios;

2. MPV 1155/2023 – Institui o Adicional Complementar do Programa Auxílio Brasil e do Programa Auxílio Gás dos Brasileiros;

3. MPV 1156/2023 – Extinção da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA;

4. MPV 1157/2023 – Redução de alíquotas de tributos incidentes sobre os combustíveis;

5. MPV 1158/2023 – Vinculação administrativa do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf);

6. MPV 1159/2023 – Exclusão do ICMS da base de cálculo dos créditos da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins;

7. MPV 1160/2023 – Julgamento de processos no CARF e aperfeiçoamento do contencioso administrativo fiscal;

8. MPV 1161/2023 – Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República – CPPI;

9. MPV 1162/2023 – Programa Minha Casa, Minha Vida;

10. MPV 1163/2023 – Alteração de alíquotas de contribuições incidentes sobre os combustíveis;

11. MPV 1164/2023 – Programa Bolsa Família;

12. MPV 1165/2023 – Programa Mais Médicos;

13. MPV 1166/2023 – Institui o Programa de Aquisição de Alimentos.


Fonte: CNN Brasil, 23/03/2023.

26 de novembro de 2025
O Lucro da Exploração é um incentivo fiscal estabelecido por legislação com mais de 40 anos de vigência, regido pelo Decreto Lei 1.598 e pela MP 2.199, aplicável a empresas que possuam projetos protocolizados e aprovados para instalação, ampliação, modernização ou diversificação na SUDAM ou SUDENE até dezembro de 2028. O incentivo principal concedido é a redução de 75% do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), incluindo adicionais não-restituíveis, por um período de 10 anos, para projetos enquadrados em setores prioritários. Para se qualificar, a Pessoa Jurídica deve apurar o Lucro Real e ter o empreendimento situado na área da SUDENE (ou SUDAM) com pleito aprovado e enquadramento em setores prioritários, conforme o Decreto 4.213/2002 e atos do CONDEL/SUDENE. O benefício do LEX gera um impacto imediato no caixa e possibilita a recuperação dos últimos 5 anos. No entanto, a complexidade da apuração do Lucro da Exploração, que deve ser baseada apenas nas atividades operacionais incentivadas, exige uma análise minuciosa que vai além da simples aplicação do percentual de redução. LEX e Lucro Real: as complexidades da base de cálculo A apuração do Lucro da Exploração se distingue do Lucro Real, pois visa isolar o resultado proveniente da atividade incentivada. Enquanto a lógica do Lucro Real é buscar a menor base para o menor débito, no cálculo do LEX, o objetivo é, muitas vezes, buscar a maior base possível para maximizar o benefício. O cálculo do LEX é feito a partir do lucro líquido do período-base, ajustado por adições e exclusões específicas. Essas adições e exclusões não são necessariamente as mesmas do Lucro Real, e a correta aplicação dos critérios pode gerar oportunidades significativas de incremento no benefício. A aplicação prática e a maximização desse benefício exige uma análise profunda e multifacetada, não se trata apenas de aplicar uma regra geral, mas de interpretar nuances da legislação e da operação da empresa que podem revelar créditos e oportunidades inéditas. A necessidade de análise proativa Empresas que se beneficiam do LEX são, em geral, grandes corporações que demandam uma análise cautelosa devido aos valores expressivos envolvidos. A adaptação das regras contábeis e fiscais para otimizar a apuração do LEX exige um planejamento estratégico e uma compreensão profunda das nuances legislativas e da jurisprudência . Garantir o compliance e, ao mesmo tempo, maximizar a redução de 75% do IRPJ demanda a aplicação de metodologias de cálculo que considerem as especificidades de cada incentivo (como o tratamento das subvenções e o recálculo do adicional). A capacidade de identificar e aplicar essas oportunidades interdependentes representa uma vantagem competitiva crucial.  Metaforicamente , lidar com a legislação do Lucro da Exploração e seus incentivos associados é como pilotar um navio em águas complexas: a rota principal (a redução de 75%) é conhecida, mas o verdadeiro valor e a eficiência da viagem residem em identificar e aproveitar as correntes marítimas e ventos favoráveis (as oportunidades diferenciadas) que exigem um know-how especializado para serem plenamente capitalizadas.

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